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HM em São José é referência em captação de órgãos no Estado de São Paulo

O simpósio reuniu profissionais da saúde, famílias de doadores de órgãos e pacientes transplantados, no Hospital Municipal. (Foto: Charles de Moura/PMSJC)

A coordenadora da Central de Transplantes do Estado de São Paulo, Marizete Peixoto Medeiros, disse nesta quinta-feira (21), durante o 2º Simpósio de Doação de Órgãos promovido Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence, que o HM é modelo em termos de compromisso com a política de transplantes, especialmente pela qualidade do trabalho da Comissão Intra Hospitalar de Transplantes da unidade.

“O hospital de São José dos Campos é referência na viabilização de transplantes de órgãos nobres, como coração e pulmão”, frisou.

Representando o Sistema Estadual de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde, Marizete apresentou dados e indicadores de eficiência no processo de doação e transplante de órgãos em todo os Estado.

De setembro a janeiro deste ano, houve 13 doações efetivas no Hospital Municipal, com a captação de 70 órgãos, sendo 9 corações, 4 pulmões, 11 fígados, 23 rins, 1 osso e 22 córneas, beneficiando 92 pessoas. O índice de recusa familiar é de 18%, bem inferior à média do Estado de São Paulo (37%) e do Brasil (44%).

O simpósio reuniu profissionais da saúde, famílias de doadores de órgãos e pacientes transplantados. Pela manhã e à tarde, foram realizadas uma série de palestras ministradas por médicos, enfermeiros, psicólogos e fisioterapeutas que abordaram temas como identificação do potencial doador, diagnóstico de morte encefálica, comunicação de más notícias, entre outros. As famílias que tiveram a possibilidade de realizar a doação de órgãos de seus parentes tiveram espaço para depoimentos.

A última captação de órgãos feita pelo HM ocorreu na terça-feira (19) em um jovem de 21 anos que teve morte encefálica confirmada e autorização da família para doação. Alessandra Freitas Pinto, a mãe do doador, esteve presente no simpósio para falar de sua experiência com a doação. “Ao tirarem o sonho do meu filho, ele deu vida para outras pessoas”, disse.  A mãe do doador também relatou que encontrou, nessa experiência, reconforto e felicidade de saber que sete pessoas foram beneficiadas com coração, rins, ossos, córneas e fígado de seu filho. “Reconforta saber que o coração do meu filho bate em outra pessoa”, completou.

Márcia Regina Souza, que perdeu o filho em um acidente de moto em abril deste ano, também deu seu depoimento durante o simpósio. Segundo ela, o filho já tinha manifestado interesse da doação no futuro, por isso não teve dúvidas em autorizar quando foi comunicada pelos médicos da morte cerebral do rapaz. “Na doação de órgãos existe a possibilidade de salvar vidas e ajudar as pessoas que realmente precisam e estão esperando por essa chance de transplante”, afirmou.

“Sim Para Doação”

O evento faz parte da campanha “Sim Para Doação” da SPDM, que celebra o Setembro Verde, mês de conscientização da doação de órgãos. O objetivo é a conscientização não apenas da população em geral, mas também dos profissionais de saúde, sobre a importância de ser um doador, com dados relacionados inclusive aos procedimentos necessários para viabilizar uma doação.

No Brasil, cerca de 30 mil pessoas aguardam por um transplante. Para ser doador de órgãos ou tecidos, não é necessário deixar nada por escrito, basta avisar a família. A doação só acontece após autorização familiar documentada. O diagnóstico de morte encefálica é feito por pelo menos dois médicos, obedecendo a uma série de protocolos. Um exame gráfico, como ultrassom com Doppler ou arteriografia e eletroencefalograma, é realizado para comprovar que o encéfalo já não funciona mais.

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