Com o aumento na temperatura nesta época do ano a tendência é que as chuvas apareçam com mais frequência. E é justamente nesta estação, quando acontecem as incidências de temporais, que o cuidado deve ser redobrado, já que neste período os números das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti beiram a epidemia.
Para Oriedson Freitas, diretor de Vigilância e Saúde, os desafios no controle da doença estão na conscientização da população em manter os imóveis livres dos criadouros, do mosquito, e a limpeza de casas e terrenos.
“As casas de veraneio trazem outro problema, muitas vezes o proprietário deixa a janela do banheiro e a tampa do vaso sanitário abertas, e acaba virando um criadouro também”, disse. Além disso, é preciso ter ciência de que o mesmo mosquito que transmite a dengue, também é transmissor da Zika, Chikungunya e Febre Amarela, por isso, os cuidados precisam ser redobrados na limpeza das casas e terrenos.
O arquipélago já enfrentou uma epidemia de dengue entre junho de 2014 e junho de 2015. Desde então, uma série de ações e campanhas foram desenvolvidas pela administração pública, como mutirões, visitas porta a porta e em prédios públicos; bloqueio nos imóveis com aplicação de inseticidas, bem como nas ruas adjacentes do caso suspeito ou confirmado; panfletagem na entrada da cidade, praias e locais de grande circulação de pessoas; tudo isso visando orientar, fiscalizar e controlar o foco e a proliferação da doença.
Números
Em 2016 foram confirmados 145 casos de dengue no município, sendo 123 autóctones e 22 importados; seis casos de Zika, 2 autóctones e 4 importados e nove casos de Chikungunya, todos importados.
Neste ano não foram registrados casos suspeitos de Zika ou Chikungunya.
No entanto, até o momento, foram notificados 62 casos de suspeita de dengue, sendo 2 confirmados: 1 autóctone e 1 importado.
A Prefeitura de Ilhabela aconselha a todos moradores e veranistas:
– Retirar dos quintais objetos que possam acumular água, como saco plástico, copos, latas, recipientes e outros;
– Observar o acúmulo de água nas calhas, após as chuvas;
– Verificar se a caixa d’água está bem vedada, pelo menos uma vez por semana;
– Verificar diariamente se há acúmulo de lixo nas ruas;
– Fazer uso de repelente de insetos e reaplicar o produto a cada 2 horas;
– Caso necessite de ajuda recorra a Secretaria da Saúde pelo telefone: 3896-9200;
Em caso de febre, dor de cabeça, dor no corpo, náuseas, vômitos, dores nas articulações ou outros sintomas, é indicado procurar a UBS (Unidade Básica de Saúde) do bairro.
Os vírus transmitidos pelo mosquito Aedes Aegypti podem causar invalidez, má formação fetal e até morte.
