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Tropas brasileiras no Haiti atuam em área mais atingida por furacão

Militares do Brasil em ação no Haiti. (Foto: Foto: Logan Abassi UN/ MINUSTAH (04/10/2016)
Militares do Brasil em ação no Haiti. (Foto: Foto: Logan Abassi UN/ MINUSTAH (04/10/2016)

As tropas brasileiras no Haiti trabalham no envio de comida e remédios para a população mais atingida pelo Furacão Matthew no país. De acordo com o oficial de comunicação da Minustah – a força de paz das Nações Unidas no Haiti –, coronel Alexandre Lima, os militares atuam desde o carregamento de navios que saem da capital Porto Príncipe com donativos em direção à região oeste do país, mais atingida pelo furacão, até a reconstrução de estradas e organização da distribuição dos mantimentos.

“A prioridade maior era abrir estradas. Ontem, a engenharia da ONU, com auxílio das tropas brasileiras, fez o desbloqueio entre as cidades de Les Caye e Jeremie. São duas capitais departamentais e era importante abrir para a passagem dos caminhões. Então, agora a prioridade é levar comida e remédios”, explicou.

Segundo o coronel, caminhões pequenos, que suportam carga de até seis toneladas, estão sendo usados para o transporte, porque carretas grandes não conseguem chegar até as vilas mais isoladas. Os militares se preocupam também com a segurança dos comboios, que costumam sofrer saques em situações de crises agudas como esta, e na organização da distribuição dos donativos.

Haiti é devastado, após passagem do furacão. (Foto: Logan Abassi UN/ MINUSTAH (06/10/2016)
Haiti é devastado, após passagem do furacão. (Foto: Logan Abassi UN/ MINUSTAH (06/10/2016)

“Eles procuraram entregar prioritariamente para as mulheres, para garantir que elas levarão para casa. Os homens, às vezes, trocam a comida por álcool. Há também a organização das filas para entrega da comida. Até as igrejas, que costumam ter construções mais fortes, foram destruídas”, conta.

De acordo com o coronel, o olho do furacão tocou o solo na cidade de Les Anglais, ao sul da península oeste da ilha. A destruição maior foi numa região circular entre esta cidade e Les Cayes, onde há muitas vilas com casas frágeis e os habitantes vivem da pesca e de plantações pequenas. Segundo Lima, o furacão provocou a destruição completa de casas e devastação de plantações de banana e de outros alimentos nessa região.

O governo haitiano estima que mais 350 mil pessoas necessitam de ajuda humanitária emergencial no país, segundo a Agência Sputnik. “Provavelmente vamos ter problema de falta de comida”, avalia o oficial de comunicação da Minustah.

Mortes
Até o momento, estão confirmados 877 mortos no Haiti por causa do Furacão Matthew, mas a Minustah, embora não faça previsão de números oficialmente, estima que mais de mil mortes. Não há registro de mortos entre os soldados das forças da ONU.

O número de mortes no Haiti já passa de 800 por causa da passagem do Furacão Matthew. Foto: Logan Abassi / UN / MINUSTAH (06/10/2016)
O número de mortes no Haiti já passa de 800 por causa da passagem do Furacão Matthew. Foto: Logan Abassi / UN / MINUSTAH (06/10/2016)

“A nossa tropa está muito motivada, estão todos bem e muito dispostos a ajudar, como sempre acontece com os brasileiros. Não houve mortos no pessoal da ONU – nem brasileiros, nem estrangeiros. Teve uma equipe de policiais de Ruanda, que o local onde eles estavam teve a estrutura 90% destruída, mas eles estão bem”, relatou.

Estados Unidos
Após deixar o Haiti, o Furacão Matthew seguiu para os Estados Unidos, onde passou pela Flórida deixando cinco mortos e mais de 1 milhão de pessoas sem luz. Em seguida, a tempestade seguiu para a Geórgia e hoje passa pela pela Carolina do Sul com expectativa de que passe também pela Carolina do Norte.

Ontem (7), os ventos chegaram a 210 quilômetros por hora e hoje diminuíram para 170 quilômetros por hora. Porém, os perigos ocasionados pelas fortes chuvas aumentaram. Os sites oficiais de Savannah, a mais antiga cidade da Geórgia, e de Charleston, na Carolina do Sul, estão alertando os turistas para que procurem ficar nos hotéis ou até mesmo saiam da cidade se houver um aumento das inundações.

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