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São José registra novas demissões na construção civil

Acompanhando a tendência negativa ao longo do ano, as principais cidades do Vale do Paraíba apresentaram novas demissões no setor da construção civil, segundo uma pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego.

Das sete cidades avaliadas na região seis somaram, juntas, 521 demissões no mês de julho. A cidade com maior número de demissões foi Caraguatatuba, com 257 postos de trabalho fechados, seguida por São José dos Campos (-103), Pindamonhangaba (-68), Taubaté (-48), Jacareí (-30) e Campos do Jordão, que registrou 15 profissionais a menos que no mês anterior.

Em Caraguatatuba, cidade com maior número de demissões em agosto, o setor encerrou o mês com 1.654 trabalhadores formais contratados. Se comparado com julho deste ano, a queda foi de 13,45%.

Assim como em julho, a cidade de Guaratinguetá registrou novas contratações no mês de agosto. Foram 55 novos profissionais formais contratados no período. No acumulado de 12 meses, a cidade representa um crescimento de 11,48% na mão de obra.

No Estado de São Paulo

Em agosto, houve queda de 0,85% no emprego em relação a julho – redução de 6,24 mil vagas. O estoque de trabalhadores foi de 731,08 mil em julho para 724,8 mil em agosto. Desconsiderando a sazonalidade**, houve queda de 1,16% (-8,44 mil vagas).

No período, o segmento imobiliário e de obras de acabamento responderam pelo pior desempenho (-1,30% e -1,23%, respectivamente).

Na capital, que responde por 44,8% do total de empregos no setor, a queda em agosto na comparação com o mês anterior foi de 1,03% (-3.373 vagas). Em 12 meses, São Paulo registrou retração de 13,72%.

No Brasil

A construção civil brasileira registrou queda de -0,88% no nível de emprego em agosto na comparação com julho. Com o fechamento de 23,9 mil postos de trabalho, o saldo de trabalhadores ficou em 2,70 milhões. Em 23 meses de quedas consecutivas (desde outubro de 2014), o setor precisou dispensar 677,2 mil trabalhadores.

Nos primeiros oito meses do ano houve corte de 194,2 mil vagas. Em 12 meses o saldo negativo chega a 462,9 mil empregos a menos. Desconsiderando efeitos sazonais*, o número de vagas fechadas em agosto foi de 40,5 mil (-1,50%).

A deterioração do emprego na construção preocupa o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto. “Na comparação dos primeiros oito meses de 2016 contra o mesmo período do ano anterior, a queda no nível de emprego em agosto seguiu atingindo todos os segmentos do setor, inclusive os antecedentes de novas obras: preparação de terrenos (-15,05%) e serviços de engenharia e arquitetura (-12,90%). Ou seja, a perspectiva segue sendo de queda na atividade da construção para os próximos meses.”

Para Romeu Ferraz, o fato reforça a necessidade de o governo ir além das medidas de ajuste fiscal em andamento, embora as considere positivas pela sinalização favorável ao saneamento das contas públicas.

“O Executivo precisará cortar mais despesas, gastar bem o pouco que sobrar no Orçamento e adotar medidas favoráveis à atração de investimentos privados nacionais e estrangeiros”, afirma.

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