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VÍDEO: Centenária Figueira das Taipas é revitalizada em Pindamonhangaba


Confira a reportagem completa em vídeo

Conhecer, difundir e preservar. Este tem sido os pilares adotados pelo Conselho do Patrimônio Histórico, Cultural, Ambiental e Arquitetônico para resgatar e salvaguardar a história de Pindamonhangaba. E baseado neste rumo, o Conselho realizou a sua 2ª reunião extraordinária “aos pés” da centenária Figueira das Taipas. Segundo relatos da história, Dom Pedro I parou em uma figueira nas Taipas para descansar quando seguia para São Paulo para o Grito da Independência.

O evento foi realizado no dia 21 de setembro, não por acaso, pois nesta data é comemorado no Brasil o Dia da Árvore. A data antecede a chegada da Primavera no Hemisfério Sul e serve como um momento ímpar de reflexão e ações para a preservação do Meio Ambiente.

Figueira das Taipas fica às margens da Antiga Rodovia SP-Rio. (Foto: Luis Claudio Antunes/PortalR3)
Figueira das Taipas fica às margens da Antiga Rodovia SP-Rio. (Foto: Luis Claudio Antunes/PortalR3)

Quando falamos em ações, falamos numa conjunto da sociedade, onde cada um, pode fazer sua parte. A centenária figueira das Taipas, só está em pé até agora, porque contou com um grande defensor, chamado por alguns de Português da Figueira, por outros de Joaquim da Figueira. Joaquim José Eugênio, o pai do seu Ivo Eugênio, foi um extremo defensor daquela árvore. Ao falar das peripécias de seu pai, Ivo, lembrou dos momentos que passou naquele lugar, pois numa casa aos pés da Figueira, ele nasceu, ali cresceu e ali trabalhou por muito tempo.

Os restos visíveis das obras ainda circundam parte da figueira. Outros tantos detalhes, estarão guardados para sempre nas lembranças e no coração de seu Ivo e da toda a família do Joaquim da Figueira.

A figueira vista de dentro de parte da construção feita pela família do Português da Figueira. (Foto: Luis Claudio Antunes/PortalR3)
A figueira vista de dentro de parte da construção feita pela família do Português da Figueira. (Foto: Luis Claudio Antunes/PortalR3)

No avançar dos tempos, a velha figueira, aquela mesma que serviu para divertir muitas crianças, que serviu sombra para muitos viajantes, também sofreu com a ação dos homens.

Abandonada por muito tempo, seu entorno virou um depósito para todo tipo de material inservível e até fogo, chegaram a colocar em um dos buracos que se formou no tronco desta árvore histórica. Cercada por um matagal e coberta por diversas plantas parasitas, a velha senhora clamava por ajuda, para não sucumbir.

E assim, o Conselho de Patrimônio Histórico foi em busca de ajuda para a recuperação deste patrimônio que tanto já fez pelo povo de Pindamonhangaba e seus visitantes. Uma força tarefa envolvendo diversos órgãos da prefeitura e do Estado, foi montada. Além da limpeza no local que se fazia necessário há tempos, chefiado pelo agrônomo José Luiz de Carvalho, do Instituto Florestal do Estado de São Paulo, foi feita a revitalização da velha figueira.

A figueira iluminada. (Foto: Luis Claudio Antunes/PortalR3)
A figueira iluminada. (Foto: Luis Claudio Antunes/PortalR3)

Embora de grande importância histórica e mencionada na Lei Orgânica de Pindamonhangaba, a figueira não é tombada como patrimônio histórico. O fato foi destacado durante o evento pelo prefeito Vito Ardito Lerario, afirmando que a prefeitura irá conversar com os proprietários da terra onde se encontra a árvore, para uma possível desapropriação.

Ainda sobre melhorias no local, há necessidade de autorização do Departamento de Estradas e Rodagem (DER), já que a figueira está às margens da rodovia vereador Abel Fabrício Dias, antiga Estrada Velha Rio-São Paulo.

Gustavo Tótaro, presidente do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Cultural, Ambiental e Arquitetônico de Pindamonhangaba, se disse muito satisfeito com a reunião, mobilização e resgate deste ponto importante da história da cidade.

Na foto, Joaquim da Figueira ou português da Figueira, à direita, e seu filho Ivo. (Foto: Arquivo da Família)
Na foto, Joaquim da Figueira ou português da Figueira, à direita, e seu filho Ivo. (Foto: Arquivo da Família)

Tótaro ainda colocou em votação com os membros do Conselho e teve aprovado por unanimidade, a solicitação do título de Cidadão Pindamonhangabense, da Comenda Bicudo Leme e da medalha Athayde Marcondes, para Joaquim José Eugênio, o Português da Figueira. Tais solicitações precisam ser apresentadas por um vereador à Câmara, para ser votada por todos os edis.

Ao fim de tudo, esplendorosa e agora mais frondosa do que nunca, a velha figueira iluminada pela lua crescente que banhou Pindamonhangaba ao fim de mais um Dia da Árvore, sorri tranquila, na certeza de que ainda há bons amigos da história e da natureza na Princesa do Norte.

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