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Dengue coloca São José em alerta e ações são intensificadas

O levantamento mostrou que esse índice está em 1,1 - um décimo acima do limite aceitável pelo Ministério da Saúde, que é 1,0. (Foto: Charles de Moura/PMSJC)
O levantamento mostrou que esse índice está em 1,1 – um décimo acima do limite aceitável pelo Ministério da Saúde, que é 1,0. (Foto: Charles de Moura/PMSJC)

O resultado da mais recente Avaliação de Densidade Larvária (ADL), que determina o grau de infestação do mosquito Aedes aegypti nas residências, indica que a situação em São José dos Campos está no nível de alerta. O levantamento feito pela Secretaria de Saúde mostrou que esse índice, denominado Índice de Breteau, está em 1,1 – um décimo acima do limite aceitável pelo Ministério da Saúde, que é 1,0.

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Com base nos dados levantados, a Prefeitura inicia neste sábado (28), às 9h, uma série de ações de combate ao mosquito nas regiões de maior risco. A primeira será a região central (Bela Vista, Vila Maria, Vila Nova São José, Vila Santos, Vila Paganini, Jardim Jussara, Vila Kennedy, Corinthians, Martins Pereira), onde foi registrado o maior número de casos. Desde o início do ano, 38 pessoas dessa região ficaram doentes.

Será realizado um grande arrastão, com o objetivo de recolher os objetos que podem acumular água. Durante a ação, os agentes passarão de casa em casa orientando e auxiliando os moradores a recolher os criadouros que podem ser descartados, além da aplicação de larvicida em criadouros fixos. Um caminhão passará recolhendo todo o material.

“Será uma força tarefa para tentar diminuir o número de criadouros na cidade. Por isso, é importante que a população participe e colabore. Nas outras semanas, outras regiões da cidade serão alvo”, disse Centro de Controle de Zoonozes (CCZ).

Alerta
Embora o levantamento não aponte uma situação grave no município, o quadro é preocupante porque revela que os moradores estão baixando a guarda num momento em que a atenção deveria ser total, já que o período é mais crítico, com todas as condições favoráveis para a proliferação do mosquito presentes: muito calor e dias chuvosos.

E o grande número de recipientes em condições favoráveis para o Aedes aegypti também acendeu a luz vermelha. O índice de recipientes ficou em 3,2 – o maior dos últimos cinco anos na cidade.

“Apesar de toda a campanha de conscientização, as pessoas continuam acumulando lixo e recipientes que podem reter água em casa, sem o mínimo de cuidado. Isso é um prato cheio para a dengue”, disse a gerente do CCZ.

Recipientes preocupam
Dos recipientes encontrados, o campeão continua sendo o pratinho de planta, seguido por pneus e, em terceiro lugar, os tambores, potes e latas usados para armazenamento de água da chuva ou água de reuso. Embora tradicionalmente esse tipo de criadouro seja mais encontrado na região leste, agora passou a ser adotado em outras regiões, devido à escassez de água dos reservatórios.

“Todos podem armazenar água da chuva ou de qualquer outro lugar. Mas é importante que alguns cuidados sejam tomados para que o tiro não saia pela culatra e se acabe criando mosquitos. A orientação é tampar bem esses recipientes”, disse a gerente.

A região com maior concentração de recipientes que podem acumular água foi uma parte da região sul, compreendida pelos bairros Campo dos Alemães, Colonial, D. Pedro, Jardim Imperial e Residencial União, onde o índice ficou altíssimo: em 5,8.

A avaliação foi a primeira realizada em 2015 na cidade. Foram vistoriados 13.374 imóveis, no período de 12 a 26 de janeiro, e encontrados 13.568 recipientes que poderiam servir como possíveis criadouros. E, o mais grave: em mais da metade dos recipientes havia água parada e limpa.

O Índice de Breteau é a relação entre o número de recipientes com larvas do Aedes aegypti (recipientes positivos) pelo número de imóveis pesquisados. Esse índice é utilizado para determinar a infestação do mosquito, possibilitando a avaliação da situação de risco na transmissão da dengue.

Em 2014, São José dos Campos registrou 816 casos de Dengue (606 autóctones e 210 importados). Neste ano, até agora, foram registrados 193 casos (122 autóctones e 71 importados).

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