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Peacekeepers brasileiros são homenageados em Brasília

O dia 29 de maio foi escolhido como Dia Internacional dos Peacekeepers porque, nesta data, em 1948, o Conselho de Segurança da ONU autorizou o estabelecimento da primeira operação de manutenção da paz. (Foto: Sgto Manfrim/MD)

Na manhã desta segunda-feira, na Ala 1 (Base Aérea de Brasília), foi comemorado o Dia Internacional dos Peacekeepers (mantenedores da paz – sigla em inglês), uma homenagem aos capacetes azuis, como são conhecidos os militares das missões de paz da Organização da Nações Unidas (ONU). O ministro da Defesa, Raul Jungmann, presidiu a cerimônia na capital federal.

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Segundo o ministro Jungmann, os peacekeepers brasileiros têm representado, ao redor do mundo, um exemplo de competência e capacidade de atuação em missões de paz. “Para o Brasil, em primeiro lugar, nos tornar provedores de paz, para todo mundo; em segundo lugar, reafirmar os nossos princípios de pacifismo, de respeito à soberania, de solução das controvérsias de forma diplomática; e representa, também, para nossas Forças, uma demonstração do nosso profissionalismo, da nossa capacidade e, sobretudo, um reconhecimento de todo mundo, da ONU em particular, para excelência dos peacekeepers brasileiros”, ressaltou o ministro.

Na Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (MINUSTAH), o Brasil foi o único país a ocupar o cargo de Force Commander ao longo dos 13 anos da missão e na Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL), há seis anos, se mantém no comando, o que demonstra o empenho e o padrão dos militares brasileiros reconhecidos pela ONU.

O dia 29 de maio foi escolhido como Dia Internacional dos Peacekeepers porque, nesta data, em 1948, o Conselho de Segurança da ONU autorizou o estabelecimento da primeira operação de manutenção da paz, quando observadores foram enviados para monitorar o acordo de cessar-fogo árabe-israelense. Homens e mulheres, então, que participaram ou ainda participam de operações de paz, e aqueles que perderam a vida nessas missões, são homenageados neste dia.

A cerimônia de homenagem
O início da cerimônia foi marcado pela chegada do ministro Jungmann, recebido, no pátio da Ala 1(Base Aérea de Brasília), pelo brigadeiro Ary Soares Mesquita, comandante da organização militar. Jungmann passou em revista a tropa, integrada por militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

Na leitura da Ordem do Dia (confira aqui), o ministro da Defesa lembrou que as operações de paz da ONU visam à manutenção da segurança e da paz internacionais, em especial, à proteção de civis; e que, além da MINUSTAH e da UNIFIL, o Brasil atua com observadores militares em diversos países: Chipre, Guiné-Bissau, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Saara Ocidental, Sudão e Sudão do Sul.

Na sequência, em momento emocionante, Raul Jungmann, acompanhado dos comandantes da Marinha e da Aeronáutica, de autoridades do Ministério da Defesa e dos mais antigos oficiais peacekeepers das três Forças, realizou a aposição de uma coroa de flores em homenagem aos brasileiros falecidos em missões de paz.

Ao final do evento, ex-capacetes azuis participaram do desfile militar ao som de canções como hino do Aviador, Cisne Branco e do Expedicionário.

Entre as autoridades, os comandantes da Marinha, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, e da Força Aérea, brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato; o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), almirante Ademir Sobrinho; o secretário-geral do Ministério da Defesa, general Joaquim Silva e Luna; o chefe de Operações Conjuntas do MD, general César Augusto Nardi de Souza, representando o comandante do Exército.

Brasileiros em Missões de Paz
Hoje, das 21 operações de paz da ONU, nove contam com a contribuição de 1.294 militares e policiais brasileiros. Alguns ex-peacekeepers, na cerimônia, comentaram sobre a importância da presença do Brasil nessas missões.

O integrante do Estado-Maior da Aeronáutica, major Robert Kluppel , trabalhou como observador militar no Saara Ocidental, tendo como última função assistente militar do Force Commander. “É muito importante para o Brasil, como país, como nação, participar dessas missões, porque aumenta a participação do País no cenário internacional, não só em missões de contingente, mas também em missões individuais. E, para os militares, é muito importante, porque conseguem trazer para o País, vários conhecimentos e outras formas de trabalhar”, disse Kluppel.

O tenente da Diretoria de Obras de Cooperação do Exército, Clovis Ravazi, esteve por duas vezes no Haiti, atuando como intérprete. Ao falar desses treze anos de participação do Brasil na MINUSTAH, destacou a capacidade de interação da tropa com a população. “O que ficou foi esse espírito colaborativo que o brasileiro tem, a capacidade de interagir com as pessoas em qualquer canto que vá. Além de contribuir, também, com o sistema de trabalho, de trabalhar em equipe, diferente de outros países que se mantém um pouco distante da população”, disse o tenente.

Já o coordenador da Seção de Cooperação Internacional, do Ministério da Defesa, oficial da Marinha, comandante Sergio Cysne, comentou sobre o significado do Dia do Peacekeeper. “É honrar aqueles que contribuíram para paz mundial. É reconhecer-lhes o sacrifício, todo esforço de estar deslocado de casa, longe da família, mas cumprindo uma missão maior e nobre. É também reverenciar os colegas que tombaram no cumprimento desse sagrado dever”, afirmou. Ele participou da UNIFIL em 2012, como conselheiro jurídico.

Em Brasília, a cerimônia contou ainda com policias militares, como o tenente-coronel da PMDF, Nilson Alves. “Os policiais militares com suas expertises podem contribuir para o desenvolvimento das policias desses países. E, sob o aspecto pessoal, além de contribuir, também aprendemos bastante com policiais de outras nações. Há um intercâmbio em todas as vias”, afirmou o policial.

Com o encerramento da MINUSTAH, em 15 de outubro deste ano, anunciado pela ONU, o Brasil aguarda decisão do governo federal para levar a outros países o trabalho dos capacetes azuis brasileiros, reconhecido internacionalmente.

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