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São Paulo Companhia de Dança inaugura Teatro Municipal de Ubatuba

Fachada do Teatro Municipal de Ubatuba. (Foto: Danilo Carvalho/PMU)

A São Paulo Companhia de Dança (SPCD), mantida pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, sob direção de Inês Bogéa, participa da cerimônia de abertura do Teatro Municipal de Ubatuba, em duas ocasiões: no dia 9 de abril, às 20h, na solenidade de abertura, dança o Grand Pas de Deux de O Corsário, e no dia 16 de abril, 20h, com um espetáculo completo composto por três premiadas obras: O Grand Pas de Deux de Dom Quixote, Mamihlapinatapai e Pivô.

A apresentação do dia 9 é fechada para convidados. Já para o dia 16, o ingresso é social: ele deve ser trocado com antecedência na bilheteria do teatro, entre os dias 10 e 12 de abril, das 14 às 17 horas (Praça Exaltação à Santa Cruz, n. 22 – Centro – Ubatuba), por um quilo de arroz, feijão ou café, ou um litro de óleo ou, ainda, um pacote de fraldas geriátricas.

“Estamos muitos felizes em participar desse evento de abertura do Teatro Municipal de Ubatuba. Queremos conhecer ainda mais a dança que se faz na cidade e também fortalecer os laços já existentes. A SPCD já participou de atividades na Fundart e foi excelente”, fala Inês Bogéa, diretora artística da São Paulo Companhia de Dança.

Dia 9 | Na solenidade de abertura o público poderá conferir o Grand pas de deux de O Corsário da SPCD a partir do original de 1858 de Marius Petipa (1818-1910).

A coreografia está presente no segundo ato da obra, e revela a cumplicidade entre Medora e Ali. Essa obra apresenta o virtuosismo técnico dos intérpretes aliado à uma dramaticidade lírica que deixa ver os sentimentos de duas pessoas que partilham uma visão de mundo em busca da liberdade.

Dia 16 | A abertura do espetáculo da São Paulo Companhia de Dança na noite do dia 16 de abril ficará a cargo da Experimental de Dança de Ubatuba, com direção de Brisa Diamante e Saloly Furtado, com três coreografias.

“A cada cidade que nos apresentamos convidamos companhias e grupos locais para estarem conosco. A Experimental é parceria da SPCD tanto nas atividades educativas, quanto nos espetáculos em São Paulo desde a sua fundação. É uma parceria que se firma ainda mais com essa abertura”, revela Inês.

Na sequência a São Paulo Companhia de Dança apresenta três coreografias do seu repertório: O Grand Pas de Deux de Dom Quixote, da SPCD a partir do original de 1869 de Marius Petipa (1818-1910) é o momento do casamento de Kitri e Basílio, personagens principais dessa obra. Coreografado por Marius Petipa, o balé Dom Quixote é baseado num capítulo da famosa obra de Miguel de Cervantes, que narra as aventuras do barbeiro Basílio e seu amor por Kitri, a filha do taberneiro.

O público também poderá ver a premiada   como melhor obra de 2012 pelo Guia da Folha de S. Paulo Mamihlapinatapai de Jomar Mesquita com colaboração de Rodrigo de Castro, que trata da relação de desejo entre homem e mulher. Um olhar compartilhado entre duas pessoas, cada uma desejando que o outro tome uma iniciativa para que algo aconteça, porém, nenhuma delas age. Este é o significado de mamihlapinatapai, palavra indígena originária da língua yaghan, de uma tribo da Terra do Fogo. O coreógrafo utiliza elementos descontruídos da dança de salão para criar a obra.

E para encerrar o programa temos Pivô, de Fabiano Lima, eleita a terceira melhor coreografia de 2016 no Melhores do Ano da Folha de S. Paulo. Criada para o Ateliê de Coreógrafos Brasileiros da SPCD, Pivô é uma coreografia que se vale de referências do basquete, do hip-hop e da dança contemporânea. Com música de Carlos Gomes a obra traz para cena o ambiente brasileiro com sonoridades conhecidas.

O figurino de Cássio Brasil dialoga com a luz de Guilherme Paterno e evidencia as diferentes camadas de cor da obra. “É uma coreografia de troca e percepção para entendermos como essa dança passa de um corpo para o outro. Gosto de trabalhar com elementos cênicos, dá identidade aos meus trabalhos”, fala o coreógrafo.

“Para nós está sendo uma alegria podermos participar dessa abertura com dois diferentes espetáculos”, completa Inês Bogéa.

FICHAS TÉCNICAS:

DIA 9

GRAND PAS DE DEUX DE O CORSÁRIO (2015)

Coreografia: SPCD a partir do original de 1858 de Marius Petipa (1818-1910), baseado em O Corsário, de Lord Byron

Música: Adolphe Adam (1803-1856)

Figurinos: Tânia Agra

Iluminação: Wagner Freire

Duração: 10 minutos com 2 bailarinos

DIA 16

Abertura: Experimental de Dança de Ubatuba

SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇA

GRAND PAS DE DEUX DE DOM QUIXOTE (2012)

Coreografia: SPCD a partir do original de 1869 de Marius Petipa (1818-1910)

Música: Leon Minkus (1826-1917)

Figurinos: Tânia Agra

Iluminação: Wagner Freire

Estreia da obra de Marius Petipa: 1869, ImperialBallet, Moscou, Rússia

Estreia pela SPCD: 2012, Centro Cultural Oscar Niemeyer, Goiânia, Brasil

Duração: 10 minutos com 2 bailarinos

MAMIHLAPINATAPAI (2012)

Coreografia: Jomar Mesquita com colaboração de Rodrigo de Castro

Músicas: Marina de la Riva, composição de Silvio Rodrígues (Te Amaré y Después); Rodrigo Leão (No Se Nada); Cris Scabello (Tema final); Cartola e Grupo Planetangos (As rosas não falam)

Figurino: Cláudia Schapira

Iluminação: Joyce Drummond

PIVÔ (2016)

Coreografia: Fabiano Lima

Música: Quem sabe? (1859) cantada por Adriana de Almeida e executada ao piano por Olinda Allessandrini e Bailado dos Índios da ópera O Guarani (1870), de Carlos Gomes (1836-1896), executada pela Orquestra do Teatro Municipal de São Paulo, sob regência de Armando Bellardi.

Figurino: Cássio Brasil

Iluminação: Guilherme Paterno

Estreia pela SPCD: 2016, Teatro Sérgio Cardoso, São Paulo, Brasil

Duração: 16 minutos e 5 bailarinos

SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇA

direção artística |  Inês Bogéa

Criada em janeiro de 2008 pelo Governo do Estado de São Paulo, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) – gerida pela Associação Pró-Dança – é dirigida por Inês Bogéa, doutora em Artes, bailarina, documentarista e escritora.

A São Paulo é uma Companhia de repertório, ou seja, realiza montagens de excelência artística, que incluem trabalhos dos séculos XIX, XX e XXI de grandes peças clássicas e modernas a obras contemporâneas especialmente criadas por coreógrafos nacionais e internacionais. A difusão da dança, produção e circulação de espetáculos é o núcleo principal de seu trabalho.

A SPCD apresenta espetáculos de dança no Estado de São Paulo, no Brasil e no exterior e é hoje considerada uma das mais importantes companhias de dança da América Latina pela crítica especializada. Desde sua criação já foi assistida por um público superior a 520 mil pessoas em 15 diferentes países, passando por mais 110 cidades, em mais de 580 apresentações.

Os Programas Educativos e de Formação de Plateia para a Dança, outra vertente de ação da SPCD, vem no movimento da Companhia a cada cidade por onde nos apresentamos encontramos pessoas que apreciam e praticam a arte da dança.

Na Palestra Para os Educadores temos a oportunidade de diálogo sobre os bastidores dessa arte; nas Oficinas de Dança, um encontro para vivenciar o cotidiano dos bailarinos da SPCD e os Espetáculos Gratuitos Para Estudantes e Terceira Idade a proposta é de ver, ouvir e perceber o mundo da dança e por meio do Dança em Rede, uma enciclopédia de dança online e colaborativa disponível no site da Companhia, mapeamos a dança de cada cidade por onde a SPCD passa.

A Companhia também promove espaços onde interessados na arte da dança possam compartilhar experiências. Assim criou o Seminário Internacional de Dança, que visa abordar a prática da dança em diferentes perspectivas e o Ateliê Internacional São Paulo Companhia de Dança, evento que proporciona um ambiente de arte, permitindo um estudo teórico-prático de técnicas de dança.

A dança tem muitas histórias, e para revelar um pouco delas a Companhia criou a série de documentários Figuras da Dança, que traz para você essa arte contada por quem a viveu e pode ser vista nos canais Arte 1 e Canal Curta!. A série conta hoje com 33 episódios: Ismael Guiser (1927-2008), Ivonice Satie (1950- 2008), Ady Addor, Marilena Ansaldi, Penha de Souza, Ruth Rachou, Luis Arrieta, Hulda Bittencourt, Tatiana Leskova, Angel Vianna, Antonio Carlos Cardoso, Carlos Moraes, Décio Otero, Márcia Haydé, Sônia Mota, Ana Botafogo, Célia Gouvêa, Lia Robatto, Marilene Martins, Ismael Ivo, Edson Claro (1949-2013), Hugo Travers, J.C Violla, Cecília Kerche, Eva Schul, Janice Vieira, Eliana Caminada, Mara Borba, Jair Moraes, Paulo Pederneiras, Maria Pia Finnóchio, Nora Esteves e José Possi Neto.

A SPCD também publicou seis livros de ensaios, além de documentários para professores e outros que registram os bastidores da sua ação.  A temporada 2017 da São Paulo Companhia de Dança ganhou o título de Pássaro de Fogo.

“O Pássaro de Fogo simboliza a luz. É uma ave lendária, mítica e imortal, capaz de se regenerar, de encontrar potência para sua existência pelo encorajamento e superação. Este tema vem ao encontro das observações, reflexões e transformações do Brasil dos dias atuais ”, fala Inês Bogéa, diretora artística da SPCD.

Com três programas e nove coreografias, o programa 2017 contará com quatro estreias: Pássaro de Fogo Pas de Deux (2010), de Marco Goecke, com música original de Igor Stravinski (1882-1971), remontada por Giovanni Di Palma, Primavera Fria (2017), de Clébio Oliveira, 14’20‘’ (2007), de Jirí Kylián remontada por Nina Botkay, e Suíte de Raymonda (2017), remontada por Guivalde de Almeida a partir do original de Marius Petipa (1818-1910) para o Ateliê de Coreógrafos Brasileiros.

Ngali… (2016), de Jomar Mesquita com colaboração de Rodrigo de Castro, sobre diferentes relações amorosas que incluem um terceiro; Pivô (2016), de Fabiano Lima, coreografia que se vale das referências do basquete, do hip-hop e da dança contemporânea; Suíte para Dois Pianos (1987), de Uwe Scholz (1958-2004) remontada por Giovanni Di Palma, coreografada em diálogo com a arte de Walissy Kandinsky (1866-1944); Indigo Rose (1998), de Jirí Kylián, que explora a vivacidade dos intérpretes para falar sobre a transição da juventude e as relações humanas; e La Sylphide (2014), de Mario Galizzi a partir do original de Marius Petipa (1818-1910), obra marcante do balé romântico; completam o programa 2017 da São Paulo Companhia de Dança.

A Companhia é um lugar de encontro dos mais diversos artistas para que se possa pensar em um projeto brasileiro de dança.

INÊS BOGÉA –  Direção Artística | Inês Bogéa é doutora em Artes (Unicamp, 2007), bailarina, documentarista, escritora e professora no curso de especialização Arte na Educação: Teoria e Prática da Universidade de São Paulo (USP).

De 1989 a 2001, foi bailarina do Grupo Corpo (Belo Horizonte). Foi crítica de dança da Folha de S. Paulo de 2001 a 2007. É autora de diversos livros infantis e organizadora de vários livros. Na área de arte-educação foi consultora da Escola de Teatro e Dança Fafi (2003-2004) e consultora do Programa Fábricas de Cultura da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo (2007-2008). É autora de mais de quarenta documentários sobre dança.

SERVIÇO

SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇA | TEATRO MUNICIPAL DE UBATUBA

Dia 9 | 20h | Fechado para convidados

Dia 16 | 20h | São Paulo Companhia de Dança com abertura da Experimental de Dança

Ingresso social: deve ser trocado com antecedência na bilheteria do teatro, entre os dias 10 e 12 de abril, das 14 às 17 horas (Praça Exaltação à Santa Cruz, n. 22 – Centro – Ubatuba), por um quilo de arroz, feijão ou café, ou um litro de óleo ou, ainda, um pacote de fraldas geriátricas.

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