fbpx
publicidade
𝑝𝘶𝑏𝘭𝑖𝘤𝑖𝘥𝑎𝘥𝑒

Ubatuba: os bastidores de uma megaoperação e os segredos da alimentação na boca dos Tubarões

Ver tubarões imponentes, transitando tranquilamente no tanque de um aquário é lindo e encantador, mas você nunca parou para pensar como é que eles chegam até ali, e como é possível dar comida na boca de um animal desse porte.

O transporte de animais marinhos sempre é uma operação de extrema complexidade, pois envolve diversos indicadores e parâmetros de segurança.

No último dia 18 de outubro o Aquário de Ubatuba realizou em parceria com o Aquário Marinho do Rio de Janeiro – AquaRio, uma megaoperação técnica de transferência de 3 tubarões para a cidade maravilhosa.

Todo o processo demandou muita pesquisa e dedicação, pois foi necessária a construção de um tubo de coleta, crucial para o sucesso da operação.

O projeto do artefato foi desenvolvido pelo Oceanógrafo Hugo Gallo, diretor do Aquário de Ubatuba e construído pela equipe técnica do próprio Aquário, por ele supervisionada.

O transporte de um tubarão mangona da espécie (Carcharias taurus), a Margarida de 2 metros de comprimento, um tubarão-lambaru da espécie (Ginglymostoma cirratum), a Sharon com 2,5 metros e tubarão-bambu (Chiloscyllium punctatum), chamado pela equipe de Tuba, contou com o comprometimento de uma equipe de mais de 20 profissionais multidisciplinares entre biólogos, oceanógrafos, veterinários e corpo técnico.

Cada um desempenhando papeis fundamentais para garantir uma viagem confortável e a chegada dos animais com vida ao destino.

Essa empreitada teve também a participação do biólogo português João Correia, ex-técnico do Aquário Oceanário de Lisboa e atualmente proprietário da empresa Flying Sharks, especializada no transporte destes animais pelo mundo, bem como do biólogo Marcelo Spilman Presidente do Aquário do Rio de Janeiro.

Essa operação é decorrente de um convênio firmado entre as duas instituições que além do empréstimo dos animais feito pelo Aquário de Ubatuba ao AquaRio, visa à melhoria do circuito de visitação e benfeitorias para ambos os estabelecimentos.

Margarida e Sharon já são consideradas as principais atrações do aquário carioca e o que têm chamado à atenção é o método de alimentação manual, ou seja, na boca, feita pelos tratadores às duas tubarões-fêmeas.

Isso só é possível, pois desde filhotes os animais foram condicionados pela equipe do Aquário de Ubatuba a uma convivência mais próxima aos responsáveis por sua alimentação visando à melhoria do manejo. “Quando temos que dar uma vitamina ou um remédio para um tubarão visando sua saúde, temos que ter certeza de que ele a ingeriu.

Colocamos as cápsulas dentro de um peixe para ser usado como alimento, mas se simplesmente o jogássemos dentro do tanque não saberíamos quem o comeu.

Outro fato importante deste tipo de estratégia de condicionamento e manejo é que podemos controlar a quantidade e qualidade do alimento, bem como desmistificamos perante nosso público, a imagem de assassinos que infelizmente os tubarões adquiriram para o homem.” completa Hugo Gallo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo