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São Sebastião celebra Dia da Consciência Negra

Apresentações de Capoeira, Maracatu e exposição reverenciam a força da cultura negra. (Foto: Rosangela Falato/PMSS)
Apresentações de Capoeira, Maracatu e exposição reverenciam a força da cultura negra. (Foto: Rosangela Falato/PMSS)

Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado no domingo, dia 20, foi reverenciado em São Sebastião em vários eventos na noite de sábado (19), pela Secretaria de Cultura e Turismo (Sectur).

As comemorações tiveram início com abertura oficial da exposição “Projeto Origens-Negros”, que prossegue aberta ao público até 18 de janeiro no Departamento de Patrimônio Histórico (Deppat).

A mostra, sob a curadoria da diretora do Deppat, Rosângela Dias da Ressurreição, traz 23 peças em cerâmica de artistas plásticos de Caraguatatuba, integrantes do Grupo Ubuntu, responsáveis pelo Projeto Origens que procura representar a cultura dos povos que habitaram a região do Litoral Norte de São Paulo influenciando a cultura atual das cidades litorâneas.

No mesmo local, no calçadão da Rua da Praia, foi a vez do mestre Noel mostrar a força da capoeira com toda a arte do seu grupo, Escola de Capoeira de Angola Raiz Negra. Logo após apresentação em frente ao Deppat, o grupo também fez mostrou o Samba de Roda em frente ao prédio da Sectur.

Foi uma noite com o som do berimbau e o soar dos tambores com o grupo de Maracatu Odé da Mata que também prestou sua homenagem ao líder Zumbi dos Palmares. Criado em 2013, em São Sebastião, o grupo traz integrantes do município e de Caraguatatuba onde também faz várias apresentações.

A força e  a arte do maracatu, com raízes no trabalho de Recife, em Pernambuco, foi mostrada em apresentação em frente ao Deppat logo após a capoeira.

Depois, o grupo saiu tocando pelo calçadão até entrar na Sectur onde continuou com sua apresentação no prédio da Secretaria de Cultura e Turismo encerrando com uma grande roda entre todos os participantes e público no pátio da Sectur.

Segundo integrantes do grupo, a data comemorativa à Consciência Negra serve para que se repense a condição em se fazer cultura na região, um trabalho de longa data com a capoeira, maracatu e outras manifestações que devem ser valorizadas e preservadas.

Reflexão

A data também foi lembrada pela presidente da ONG Pérola Negra, Regina Célia Cristino Barbosa que aproveitou para falar sobre a história de Zumbi dos Palmares após o encerramento da final do 33º Concurso de Poesia Nhô Bento, realizado na mesma noite, na Sectur.

Segundo Regina, a data é um momento de reflexão sobre a luta e conquistas dos negros no Brasil. “É uma luta dia a dia em busca da liberdade e respeito”. Ela frisou a necessidade de se acabar com o preconceito racial que só acaba quando a pessoa puder ver, em seu coração, que todos somos iguais”.

Guerreiro

O Dia da Consciência Negra faz referência à morte de Zumbi, o então líder do Quilombo dos Palmares situado entre os estados de Alagoas e Pernambuco, na região Nordeste do Brasil. Ele morreu em 20 de novembro de 1695 por Bandeirantes liderados por Domingos Jorge Velho.

A data foi descoberta por historiadores no início da década de 1970, o que motivou membros do Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial, em congresso realizado em 1978, no contexto da Ditadura Militar Brasileira, a elegerem a figura de Zumbi como um símbolo da luta e resistência dos negros escravizados no Brasil.

Com a redemocratização do Brasil e a promulgação da Constituição de 1988, vários segmentos da sociedade, inclusive os movimentos sociais, como o Movimento Negro, obtiveram maior espaço no âmbito das discussões e decisões políticas, como a conquistas de leis. Entre elas a que trata do crime racial instituída em 5 de janeiro de 1989 pela Lei nº 7.716 e, entre outras a, Lei Federal nº 12.711/2012, conhecida como Lei das Cotas.

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