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Noite memorável na Academia Pindamonhangabense de Letras

homenagem à decana professora Nancy Salgado de Campos, representando a nobre e laboriosa classe, pela passagem de mais um Dia do Professor. (Foto: João Paulo Ouverney)
Homenagem à decana professora Nancy Salgado de Campos, representando a nobre e laboriosa classe, pela passagem de mais um Dia do Professor. (Foto: João Paulo Ouverney)

O que parecia ser apenas mais uma reunião rotineira da Academia Pindamonhangabense de Letras, tornou-se um acontecimento apoteótico na noite de 28 de outubro de 2016. Isso porque, na programação constava uma homenagem à decana professora Nancy Salgado de Campos, representando a nobre e laboriosa classe, pela passagem de mais um Dia do Professor.

Tendo seguramente ultrapassado, com raro brilhantismo, a barreira dos oitenta anos, “Dona Nancy” discursou com a desenvoltura e o tom bem- humorado que sempre caracterizaram suas tão aguardadas aulas de Português.

Enquanto lecionou, foi uma professora diferenciada: exigia (e extraía) tudo do aluno, sem, entretanto, abrir mão do seu estilo “mãezona”. Suas funções não se encerravam ao soar da sirene. Eu, por exemplo, devoto-lhe um sentimento de gratidão eterna. Estava cursando o 1º ano do Ensino Médio (colegial) mas, aturdido por problemas pessoais, abandonei os estudos. Passou-se um mês. Passaram-se quase dois. Um belo dia, para um carro em frente à minha casa e… outra não era, senão a Professora Nancy. Não se conformava com minha decisão de interromper os estudos. Ouviu minhas argumentações, encheu-me de conselhos e orientações e “intimou-me” a voltar para a sala de aula.

E eu voltei. E procurei ser para ela o melhor aluno que já tivera. Se consegui, não sei, mas, o que ela fez por mim é algo que levarei comigo até meus últimos momentos.

Bem, dizia eu, a noite de 28 de outubro de 2016 tornou-se apoteótica porque reuniu, no mesmo recinto, vários professores que há muito tempo não víamos e, mais surpreendente ainda foi descobrirmos, de repente, que a homenageada, Professora Nancy Salgado de Campos, havia sido professora de quase todos os acadêmicos ali presentes. E então a honorável mestra não resistiu e desabou em prantos. Prantos que foram ovacionados por uma emocionada plateia que a aplaudiu em pé, durante cerca de três minutos.

Que noite memorável!

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