Com o envolvimento de uma equipe multiprofissional, o HR obteve, nesse 1º semestre, o número de 8 captações de órgãos realizadas, número 4x maior que 2015, quando foram registradas apenas 2 doações no ano todo.
Trata-se de uma corrida contra o tempo e pela vida, como comenta o Diretor Médico Corporativo, Dr. Caio Soubhia Nunes. “Como o paciente se encontra em morte encefálica é muito difícil manter a viabilidade dos órgãos e quanto menor o tempo entre o diagnóstico e a doação mais vidas poderão ser salvas”.
Contudo, todo o trabalho só é possível pelo entendimento da família sobre todo o processo e sua força para superar a perda e autorizar a doação. “Percebemos que, quando a pessoa já falou sobre o assunto com o seu círculo familiar, essa decisão fica mais fácil, pois querem respeitar a decisão que o ente tomou em vida”, comenta o médico.
No 2º semestre de 2015, através de uma iniciativa da Secretaria de Estado da Saúde, o HR passou a contar com um profissional com formação específica para potencializar o processo de doação, com a difusão de conhecimentos às demais equipes envolvidas, avaliação dos exames e notificações junto à Coordenadoria de Transplantes e respaldo às famílias com orientações acerca do processo.
A constatação de morte encefálica é um processo que leva cerca de 24h, até para que não haja falhas em nenhum dos procedimentos realizados. O paciente (potencial doador) passa por uma bateria de exames para diagnosticar a morte encefálica. É importante ressaltar que a família do paciente é informada sobre todos os passos dados pelas equipes médica e de enfermagem.
Como reflexo da atitude das famílias, só nesses 6 meses mais de 24 vidas puderam ser salvas. Os órgãos são destinados para pacientes com compatibilidade triados pela Organização para Procura de Órgãos (OPO) de Campinas, responsável pela região.