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Ilhabela lembra os 100 anos do naufrágio do “Príncipe de Astúrias”

Com a presença do neto de um dos tripulantes sobreviventes, cerimonial de Aposição Floral foi realizada na Ponta da Pirabura, a extremo leste da Ilha, onde em 5 de março de 1916 ocorria o maior naufrágio da costa brasileira e que ocasionou a morte de mais de mil pessoas. (Foto: Divulgação/PMI)
Com a presença do neto de um dos tripulantes sobreviventes, cerimonial de Aposição Floral foi realizada na Ponta da Pirabura, a extremo leste da Ilha, onde em 5 de março de 1916 ocorria o maior naufrágio da costa brasileira e que ocasionou a morte de mais de mil pessoas. (Foto: Divulgação/PMI)

A Prefeitura de Ilhabela e a Marinha do Brasil realizaram, no sábado (5), uma cerimônia de aposição floral na Ponta da Pirabura, a extremo leste do arquipélago, local onde há 100 anos afundou o navio “Principe de Astúrias”, até hoje o maior naufrágio da costa brasileira.

A bordo do navio patrulha “Gurupá”, o prefeito Toninho Colucci, o delegado da Capitania dos Portos, Luís Antônio Anidio Moreira, o arqueólogo marítimo e escritor Jeannis Platon, e o neto de um dos tripulantes sobreviventes do naufrágio, o espanhol Isidor Prenafeta Siles, fizeram o lançamento da coroa de flores bem no local da tragédia.

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A cerimônia teve o apoio do Yacht Club de Ilhabela, Marina Igararecê e Sociedade Amigos da Marinha (Soamar). Em uma lancha, o ator Herson Capri, neto de uma passageira do navio que também sobreviveu, acompanhou de perto o cerimonial de aposição floral.

Logo após o lançamento da coroa de flores ao mar, todos se dirigiram para a subsede do Yacht Clube Ilhabela, no Saco do Sombrio, onde foi descerrada uma placa do Centenário do Naufrágio do Príncipe de Astúrias. “Hoje aqui homenageamos todas aquelas vítimas do maior naufrágio do Atlântico Sul. O Príncipe de Astúrias faz parte da história de Ilhabela, o que pode ser visto em nosso Museu Náutico. Foi uma honra participar deste dia histórico, celebrado com a presença do senhor Isidor, neto de um tripulante que sobreviveu a tragédia”, destacou o prefeito Toninho Colucci.

Isidor Prenafetta, que lançou este ano na Espanha o livro “El Misterio del Príncipe de Astúrias – El Titanic Español”, comentou emocionado a importância deste dia. “Aqui neste lugar centenas de pessoas perderam a vida. Meu avó sobreviveu e sempre me contou a história daquela viagem que terminou neste terrível naufrágio. Realmente é uma emoção muito grande estar aqui”, disse Isidor. A placa do marco do centenário será instalada no Museu Náutico, que fica no Parque da Usina, no bairro Água Branca.

Como parte dos eventos foi lançado o livro “Ilhabela – Príncipe de Astúrias – Um Mistério entre Dois Continentes”, de autoria de Jeannis Michail Platon, baseado em investigações e no depoimento de Isidor Prenafeta. O livro traz informações sobre a história e revela importantes acontecimentos que antecederam o misterioso naufrágio. Como mergulhador profissional e estudioso dos naufrágios na Costa Brasileira, Jeannis Platon dedicou 18 anos às expedições aos destroços do navio.

PRÍNCIPE DE ASTÚRIAS
O Príncipe de Astúrias foi um navio transatlântico construído para fazer a linha regular de passageiros e cargas entre Barcelona e Buenos Aires. Era considerado o transatlântico mais luxuoso da Espanha. Em 5 de março de 1916, o navio se dirigia ao porto de Santos, fazendo sua sexta viagem à América do Sul.

O navio Príncipe de Asturias em suas provas de mar no Rio Clyde, Glasgow. (Foto: Domínio Público/Wikipédia)
O navio Príncipe de Asturias em suas provas de mar no Rio Clyde, Glasgow. (Foto: Domínio Público/Wikipédia)

Chovia forte e a visibilidade era baixíssima, quando durante a madrugada, o navio bateu violentamente na laje submersa da Ponta da Pirabura. Pouco depois o navio estava totalmente submerso. Oficialmente 445 pessoas morreram e apenas 143 sobreviveram, porém, o navio teria centenas de clandestinos que viajavam nos porões.

Estima-se que mais de mil pessoas morreram neste naufrágio. Em uma outra versão da história, o navio teria feito uma parada próximo à Ilha dos Búzios, pertencente ao Arquipélago de Ilhabela, onde a carga de ouro teria sido desviada para outra embarcação, de maneira que o naufrágio teria ocorrido de forma premeditada.

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