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Exército retoma área ocupada por comunidade histórica de Niterói

Quatro parlamentares foram impedidos de entrar no Forte de Imbuhy, em Niterói (RJ), para acompanhar reintegração de posse realizada dentro da unidade militar na segunda-feira (7). A imprensa também não pôde entrar. O despejo foi autorizado por decisão judicial que considerou toda a comunidade tradicional da Aldeia Imbuhy como parte da área militar, apesar da ocupação centenária do local pelas famílias ter sido atestada em laudo do Departamento de História da Universidade Federal Fluminense.

A Câmara de Vereadores e a prefeitura de Niterói tentaram impedir a remoção das famílias, tombando a Aldeia através de lei municipal. No entanto, apesar do tombamento, as casas foram demolidas, o que indignou o deputado estadual Waldeck Carneiro (PT). Presidente da Associação de Moradores da Aldeia Imbuhy, Ailton Navega descreveu a reintegração de posse como verdadeira operação de guerra.

Porta-voz do Exército, o Coronel Gérson de Freitas afirmou que a decisão de impedir o acesso da imprensa ao forte foi tomada para manter um ambiente harmônico durante a reintegração de posse. Ele disse ainda que a continuidade da convivência do Exército com a comunidade do Imbuhy, que já acontecia há tantos anos, não seria mais possível porque a área seria de segurança nacional. O vereador Paulo Eduardo Gomes (PSol) questionou essa ideia.

Os parlamentares prometem recorrer às suas procuradorias jurídicas e cobrar que as moradias históricas sejam reerguidas. Apesar da alegação de incompatibilidade das atividades militares com a presença da comunidade por questões de segurança nacional, o Forte, com vista privilegiada para a Baía da Guanabara e praia paradisíaca, é alugado pelo Exército para eventos, como festas de fim de ano e casamentos.

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