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Em São José, painéis buscam mobilizar a população ontra a AIDS

Os painéis gigantes, medindo 6m por 2m, trazem a frase: “Pegue sua Camisinha e ajude na luta contra a AIDS” e a palavra AIDS escrita com preservativos. (Foto: Antônio Basílio/PMSJC)
Os painéis gigantes, medindo 6m por 2m, trazem a frase: “Pegue sua Camisinha e ajude na luta contra a AIDS” e a palavra AIDS escrita com preservativos. (Foto: Antônio Basílio/PMSJC)

Para chamar a atenção da população no Dia Mundial de Luta Contra a Aids (1º de dezembro), a Prefeitura de São José dos Campos instalou três painéis na cidade: um em frente à antiga Câmara Municipal, na Praça Afonso Pena, outro na orla do Banhado, próximo à Rodoviária Velha, e o último na Avenida José Longo, em frente ao AME.

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Os painéis gigantes, medindo 6m por 2m, trazem a frase: “Pegue sua Camisinha e ajude na luta contra a AIDS” e a palavra AIDS escrita com preservativos. Os preservativos podem ser retirados pela população. À medida que são removidos do painel a palavra AIDS vai sumindo, representando o combate à doença.

Segundo o secretário de Saúde, a campanha foi inspirada em uma campanha realizada no Rio Grande do Sul. “Queríamos algo que sensibilizasse e chamasse a atenção da população para a importância do combate à doença. A AIDS é uma grande ameaça e o uso do preservativo ainda é a única forma de prevenção”, disse.

Além dos painéis, uma tenda estará montada em frente ao COI, durante toda esta terça-feira (1º). Uma equipe de saúde vai abordar a população que passa no local. O objetivo é dar orientações sobre a doença, seus riscos e formas de prevenção, distribuindo material educativo e preservativos.

Também será divulgada a Campanha Fique Sabendo, que vai até o dia 4, e tem o objetivo de alertar a população e incentivá-la a fazer o teste Anti-HIV, visando o diagnóstico precoce para início do tratamento.

A novidade deste ano é que os testes poderão ser feitos em qualquer uma das Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade, no horário de funcionamento das unidades. No COAS/CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento) os testes estarão sendo realizados nesta quarta-feira (2). O COAS/CTA fica na rua Amim Assad, 200, no Jardim São Dimas.

O teste é simples, rápido e gratuito. O resultado sai na mesma hora. Nas unidades básicas, além do teste anti-HIV, serão oferecidos os testes para sífilis.

A médica e coordenadora do Programa DST/AIDS, Cristina Amaral, explicou que estudos demonstram a necessidade de continuar investindo no acesso às informações e aos serviços de saúde, na distribuição de preservativos masculino, feminino e gel lubrificante. A incorporação de novas tecnologias de prevenção, segundo Cristina Amaral, também é uma das formas de combate à doença.

De acordo com ela, entre essas novas tecnologias está a PEP (profilaxia pós-exposição), uma forma de prevenção da infecção pelo HIV para pessoas que possam ter entrado em contato com o vírus recentemente, pelo sexo sem camisinha. “A PEP usa medicamentos que fazem parte do coquetel utilizado no tratamento da Aids e disponíveis em nossos serviços.”

Sobre a realização do teste anti-HIV, Cristina Amaral afirmou que toda pessoa sexualmente ativa que em algum momento deixou de usar preservativo, em qualquer tipo de relação sexual, deve fazer o teste, seja o teste rápido ou o convencional realizado em laboratório. “Afinal, o quanto antes for diagnosticado, melhor será a qualidade de vida do paciente”, disse.

Após a infecção pelo HIV, o sistema imunológico demora de um a três meses para produzir anticorpos em quantidade suficiente para serem detectados pelo teste anti-HIV, a chamada janela imunológica. Portanto, o teste poderá ser realizado após uma exposição de risco, mas terá de ser repetido após 30 dias, conforme orientação do Ministério da Saúde.

Números
O primeiro caso de AIDS na cidade ocorreu no ano de 1984 e até 2014 foram diagnosticados 3.648 casos e mais de 1.500 mortes pela doença. O período de maior incidência de casos foi na década seguinte, com uma taxa de incidência de até 46,5 casos por 100 mil habitantes.

Hoje, em São José dos Campos, a epidemia é média, estabilizada com uma incidência de 20,5 casos por 100 mil habitantes, semelhante à média do estado de São Paulo. A previsão feita pelo Banco Mundial para 2000 não se cumpriu, esperava-se 1,2 milhão de infectados e após 14 anos são cerca de 720 mil casos estimados de pessoas vivendo com HIV no Brasil.

Sem dúvida, as ações de controle, tomadas pelos diversos governos e sociedade civil tiveram forte impacto neste resultado. Entretanto, as perdas humanas em decorrência da doença foram e continuam sendo muito relevantes e não podem ser esquecidas. Ainda morrem no Estado de São Paulo 8 pessoas por dia em decorrência da Aids.

Em 2014, foram diagnosticados 87 novos casos de HIV em São José dos Campos, com 16 mortes.

O HIV pode ser transmitido:
• Por relações sexuais desprotegidas (sem o uso do preservativo), anais, vaginais e orais;
• Pelo compartilhamento de agulhas, seringas e cachimbos contaminados;
• De mãe para filho durante a gestação, o parto e a amamentação;
• Por transfusão de sangue.

O HIV não é transmitido pelo beijo, toque, abraço, aperto de mão, compartilhamento de toalhas, talheres, pratos, suor ou lágrimas.

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