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“Falando de Trova”: por José Ouverney

PortalR3DIA DO TROVADOR – texto de Flávio Roberto Stefani

O Dia do Trovador é lei em Porto Alegre e em outras cidades brasileiras. Mas nem precisaria, porque os trovadores do país inteiro comemorariam da mesma maneira. Isto porque, lá pela década de 50, apareceu no Brasil um poeta apaixonado por Trova, chamado Gilson de Castro, que adotou, depois, o pseudônimo de LUIZ OTÁVIO, que revolucionou o mundo poético brasileiro, por realçar um gênero que andava meio esquecido e criar um movimento, depois transformado em entidade, para estudá-lo, cultivá-lo e divulgá-lo: a TROVA e os TROVADORES.

A partir do Rio de Janeiro, sua cidade natal, Luiz Otávio chegou a quase todos os recantos do Brasil, pessoalmente ou via Correio, pois ainda não havia chegado a Internet (Imaginem só se tivesse!), com sua mensagem. E então, em 1966, fundou a União Brasileira de Trovadores, unindo mais ainda os poetas cultores da trova que, através de inúmeros e interessantes concursos, foram se aperfeiçoando e aperfeiçoando até o próprio conceito de Trova.

Esses trovadores todos, por ele arrebanhados, fortaleceram e expandiram a entidade, mesmo após seu falecimento, em 1977, tornando-a pujante e verdadeiramente representativa de uma classe especial de literatos. Aqueles que, além de serem poetas, têm um poder de síntese tal que conseguem expressar uma ideia magnífica em quatro linhas melodiosas e tecnicamente perfeitas, com vinte e oito sílabas poéticas apenas. Este milagre só os trovadores são capazes de fazer.

Salve o Dia do Trovador!

Eis algumas trovas exaltando a figura do TROVADOR

Louco artista é o trovador

que o sofrimento renova

quando exibe a própria dor

no palco de sua trova.

ALONSO ROCHA Belém-PA

Neste mundo, onde os problemas

são reticências impostas,

o trovador busca os temas

e as rimas trazem respostas…

ALBERTO FERNANDO BASTOS (Rio de Janeiro – RJ)

Trovador, longe da infância,

contando as horas da idade,

rima tempo com distância

e distância com saudade!

HERON PATRÍCIO – SP

“Tirem-me tudo o que tenho,

neguem-me todo o valor!…

Numa glória só me empenho:

– a de humilde Trovador!”

LUIZ OTÁVIO

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