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O maior número de partos normais é feito no HM de São José

Estudos mostram que a liderança fica com a Santa Casa, onde 90,6% dos partos realizados em 2014 foram por cesárea. Seguido pelo Policlin. (Foto: José Aparecido/PMSJC)
Estudos mostram que a liderança fica com a Santa Casa, onde 90,6% dos partos realizados em 2014 foram por cesárea. Seguido pelo Policlin. (Foto: José Aparecido/PMSJC)

Durante reunião, realizada na manhã desta quinta-feira (18) no Paço Municipal, com as maternidades públicas e privadas de São José dos Campos, o secretário de saúde  apresentou os números de cesáreas realizadas na cidade, com o índice geral e o índice por hospital.

Os dados mostram que o Hospital Municipal é o que realiza o maior número de partos normais na cidade (58,9%). O que significa que ainda há muitas cesáreas realizadas no hospital (41,1%). Índice que precisa ser melhorado, embora possa ser explicado pela quantidade de partos de alto risco, já que o Hospital Municipal é a principal maternidade pública da cidade.

No entanto, os índices dos hospitais particulares mostram uma situação ainda mais preocupante. A liderança fica com a Santa Casa, onde 90,6% dos partos realizados em 2014 foram por cesárea. Seguido pelo Policlin (90,4%), Maternidade São José (75,3%) e Antoninho da Rocha Marmo (57%).

Todos os hospitais foram convidados para a reunião. Não compareceram representantes do Policlin e da Maternidade São José. O representante da Santa Casa, José Claudio Mancilha, admitiu que os números de cesáreas estão muito altos e se comprometeu a atuar para diminui-los. “Vamos trabalhar para minimizar isso”, disse.

O juiz da Vara da Infância e Juventude de São José dos Campos, Marcos César de Vasconcelos, sugeriu que, como forma de controle, a Secretaria da Saúde estabelecesse a notificação das cesáreas realizadas antes da 37ª semana de gestação, que é quando aumenta o risco de prematuridade. Também sugeriu a unificação do cartão de gestante utilizado em todos os hospitais públicos e particulares.

A presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Silvana Maria Figueiredo Morandini, defendeu o equilíbrio. “Não se pode querer que todos os partos sejam normais. Por outro lado, não podemos aceitar esse exagero no número de cesáreas. Tem que haver o mínimo de bom senso, de todas as partes envolvidas”, afirmou.

O representante da Associação Paulista de Medicina (APM), Sérgio dos Passos Ramos, elogiou a iniciativa da Secretaria da Saúde de abrir os números e levantar a discussão sobre o assunto. “Estarei empenhado em fazer debates e discussões sobre o assunto, na associação”, declarou.

Para o secretário, a reunião foi produtiva e um primeiro passo para a discussão de um tema tão importante. “A ideia é que ocorram outras reuniões sobre o assunto. Nessa primeira conversa pudemos expor o problema e nossas preocupações. Afinal, o parto antes da hora pode trazer complicações e até aumentar nosso índice de bebês com baixo peso ao nascer. O assunto é importante e a ajuda dos hospitais particulares nessa tarefa é imprescindível.”

Risco

Estudos revelam que a cesariana, sem indicação médica, aumenta em 120 vezes o risco de problemas respiratórios para o recém-nascido e triplica o risco de morte da mãe. No Brasil, cerca de 25% dos óbitos neonatais e 16% dos óbitos infantis estão relacionados à prematuridade.

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