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São José: Renato Teixeira e Affonso Romano abrem 8º Festival da Mantiqueira

Na abertura, o poeta Affonso Romano de Sant’Anna, fez uma conferência sobre “O Amor na Poesia Ocidental”. (Foto: Antonio Basilio/PMSJC)
Na abertura, o poeta Affonso Romano de Sant’Anna, fez uma conferência sobre “O Amor na Poesia Ocidental”. (Foto:
Antonio Basilio/PMSJC)

O Festival da Mantiqueira – Diálogos com a Literatura chegou à oitava edição nesta sexta-feira (10) e vai até domingo (12). Sob a curadoria do escritor Luiz Ruffato, o tema deste ano é “Todos os cantos”, um balanço das tendências da literatura brasileira contemporânea em suas diversas manifestações, reunindo autores de todos os cantos do Brasil.

Segundo Ruffato, a ideia é refletir sobre a diversidade da produção contemporânea. “Cada mesa, mesclando gerações, propõe uma discussão sobre gêneros literários específicos: romance, conto, poesia, crônica, infanto juvenil e dramaturgia. O objetivo a ser perseguido é elaborar um panorama o mais completo possível do estado em que se encontra o fazer literário nacional e projetar o seu curso no tempo futuro”, explica o curador.

Na abertura, o poeta Affonso Romano de Sant’Anna, fez uma conferência sobre “O Amor na Poesia Ocidental”.

Segundo ele, estudar a poesia é estudar a história do desejo. E a história do desejo é contada pelo imaginário masculino. O poeta exterioriza o imaginário que aprisiona as mulheres e com o tempo, as mulheres estão se libertando disto, também por meio da poesia.

Em seguida, o público pode conferir o show do cantor e compositor Renato Teixeira, uma das vozes mais importantes do cancioneiro popular brasileiro, autor de canções imortalizadas como “Romaria” e “Tocando em frente”.

O músico foi muito aplaudido ao longo do show. Entre as canções conhecidas, o cantor, juntamente com o filho Chico Teixeira, cantaram duas músicas do compositor e músico  já falecido, do Vale do Paraíba, Elpídio dos Santos. Foram elas, Casinha Branca e Saudade Danada.

“ É sempre muito emocionante ouvir as canções de Renato Teixeira, ele faz parte da juventude da gente”, falou o professor Gustavo Campos.

“Todos os anos eu venho para o festival, este evento aqui é uma inspiração, sempre um aprendizado, disse a  bibliotecária Carmem Almeida.

Hoje, (11), na tenda literária, o festival  segue com a programação que começa às 11h, com a mesa “A literatura infantojuvenil já é adulta”, com abordagem literária marginal para falar de literatura para crianças. O poeta, contista e romancista Ferréz, que está prestes a lançar “Os ricos também morrem”, se reúne com a escritora e ilustradora Lúcia Hiratsuka para falar dos tabus que ainda rondam o ofício de escrever para os pequenos.

“Para onde aponta o romance?” é a pergunta que norteia o encontro do jornalista e escritor Edney Silvestre com Paulo Scott e Simone Campos, no sábado às 14h. Com a intenção de refletir sobre a autonomia do gênero e a vocação eclética que o romance assumiu, os autores de diferentes gerações confrontam a diversidade dos caminhos da nossa prosa de ficção.

Ainda no sábado, às 16h30, é hora de falar sobre contos. O escritor Marçal Aquino, autor do sucesso adaptado para o cinema em 2012 “Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios”, se reúne com os autores cearenses Tércia Montenegro e Sidney Rocha para debater como o conto resistirá a um mercado cada vez mais competitivo. Na mesa “A sobrevivência do conto”, serão discutidas ainda as características essenciais desse gênero considerado “maldito” no mercado literário, como a intensidade, a brevidade e a unidade.

Para discutir poesia, o festival reúne três autores contemporâneos do gênero, Nicholas Behr, Heitor Ferraz Mello e Iacyr Anderson Freitas, na mesa “Pois é, poesia”, às 18h30. Para fechar a programação do sábado, o público poderá conferir o Sarau da Montanha, às 20h, na Tenda Literária.

Aproveitando a presença de alguns dos mais importantes poetas contemporâneos, o Festival da Mantiqueira organiza, após o último debate do sábado, um sarau, que, além dos convidados, estará aberto ao público. Na ocasião, serão lembrados os 120 anos de nascimento de Cassiano Ricardo, poeta modernista nascido em São José dos Campos.

Palestras

O Festival da Mantiqueira oferece também atividades teóricas voltadas para estudantes e profissionais de biblioteca previamente inscritos, como a oficina “Contação de histórias e a formação do leitor”, no sábado e domingo, às 12h30, com Cinthia Siqueira. O encontro irá abordar a narrativa oral enquanto atividade privilegiada para a formação de leitores.

Infantil

Para os pequenos, no sábado, às 15h30, o Coreto recebe o espetáculo “Mário e as Marias”, da Cia. Lúdicos de Teatro Popular. A peça, inspirada na vida e obra de Mário de Andrade, conta a história do menino Mário, que recebe de presente dos pais um par de óculos muito especiais, que permite enxergar o Brasil de uma forma surpreendente.

Música

O público pode conferir, no sábado, às 12h30, a apresentação do Quarteto Dell’Arte: Cordas Encantadas. O projeto “Cordas Encantadas” é formado por dois violinos, viola, violoncelo e violão, e toca uma seleção de músicas do universo dos filmes, desenhos e games, arranjadas para os instrumentos de cordas.

Fundação Cultural Cassiano Ricardo

A Fundação promove, na Sala de Palestras, conversas com escritores da região. Participam dos encontros nomes como Jorge Pessotto, Fernando Lopes e JB Magalhães. A programação musical específica da FCCR conta ainda com o cantor e compositor Deo Lopes, que apresenta canções resultadas de uma pesquisa do escritor Moacyr Pinto, autor do livro “Eu tenho o meu sonho”. Pelas ruas da cidade, o grupo Seresteiros do Vale interpreta canções históricas entre valsas, sambas, chorinhos, boleros, entre outros ritmos.

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