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Rodovia Presidente Dutra completa 64 anos de história

Em sua inauguração, rodovia já dava sinais de que seria caminho fundamental para o desenvolvimento do país. (Foto: Divulgação/CCR NovaDutra)
Em sua inauguração, rodovia já dava sinais de que seria caminho fundamental para o desenvolvimento do país. (Foto: Divulgação/CCR NovaDutra)

A Rodovia Presidente Dutra completa 64 anos de existência nesta segunda-feira (19/1). Desde sua inauguração, a rodovia, por onde é transportado cerca de 50% do produto interno bruto (PIB) brasileiro, passou por transformações que acompanharam o crescimento populacional e econômico do país.

Hoje, cerca de 23 milhões de pessoas em 36 municípios, incluindo as capitais São Paulo e Rio de Janeiro, habitam o entorno dos 402 quilômetros da via Dutra, a rodovia mais importante do Brasil.

Inauguração reduz tempo de viagem pela metade
No dia 19 de janeiro de 1951, quando foi inaugurada pelo Presidente da República, General Eurico Gaspar Dutra, em solenidade realizada na altura de Lavrinhas (SP), a então BR-2, nova rodovia Rio-São Paulo, ainda não estava completamente pronta, mas já permitia o tráfego de veículos entre a então Capital Federal, Rio de Janeiro, e o pólo industrial de São Paulo. Dos seus 405 quilômetros de então, 339 estavam concluídos, junto com todos os serviços de terraplenagem e 115 obras de arte especiais (trevos, viadutos, pontes e passagens inferiores). Faltava, porém, a pavimentação de 60 quilômetros entre Guaratinguetá (SP) e Caçapava (SP), e seis quilômetros em um pequeno trecho situado nas proximidades de Guarulhos (SP).

A BR-2 contava com pista simples, operando em mão-dupla em quase toda sua extensão. Em dois únicos segmentos havia pistas separadas para os dois sentidos de tráfego: nos 46 quilômetros compreendidos entre a Avenida Brasil e a garganta de Viúva Graça (hoje, Seropédica), no Rio de Janeiro, e nos 10 quilômetros localizados entre São Paulo e Guarulhos, no trecho paulista.

A nova rodovia foi construída com as mais modernas técnicas de engenharia da época e com equipamentos especialmente importados para isso, o que permitiu a redução da distância rodoviária entre as duas capitais em 111 quilômetros, conseguida basicamente com a superação de obstáculos naturais. Sua concepção avançada permitiu, ainda, a suavização de curvas, aclives e declives. Essa soma de fatores resultou na redução do tempo de viagem, de 12 horas, em 1948, para seis horas.

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Projeto inovador na concepção e na execução
As obras da nova rodovia representavam, ainda, um grande desafio de engenharia para a época. O retão de Jacareí (SP), por exemplo, foi um trecho que gerou polêmica entre os técnicos, por ser construído sobre terreno instável, cuja transposição era considerada quase impossível. No entanto, o trecho foi finalizado com a utilização de 12 milhões de metros cúbicos de terra, o equivalente a 1,6 milhão de caminhões cheios, em um aterro submerso de 15 metros de profundidade.

No trecho fluminense, a transposição de um trecho rochoso ao pé da Serra das Araras, chamado de “garganta de Viúva Graça”, também representou um grande desafio para os engenheiros empenhados na construção da nova rodovia, que comandaram complexas escavações, permitindo o rebaixamento em 14 metros do paredão de granito.

Grande obra, grandes números
Os números que envolveram a construção impressionam ainda hoje, em um esforço de engenharia que envolveu 35 empreiteiras, milhares de trabalhadores e movimentação de toneladas dos mais diversos materiais.

2.657.746 m² de pavimentação;
1,3 milhão de sacos de cimento;
8 mil toneladas de asfalto;
20 mil toneladas de alcatrão;
15.000.000 m³ de movimento de terra;
300.000 m³ de cortes;
7.021 m de extensão em 115 pontes, viadutos e passagens;
19.086 m com 315 bueiros;
30 milhões de m² de faixa de domínio.

Março de 1996: início do renascimento da via Dutra
No dia 1º de março de 1996, a CCR NovaDutra assumiu a administração da via Dutra, que, na época, estava deteriorada, com pistas esburacadas, sinalização e conservação em situação precária. No entanto, após 180 dias (prazo para realização dos serviços emergenciais), o cenário já era outro, com a rodovia em condições adequadas de segurança e fluidez de tráfego.

Hoje, a via Dutra está totalmente renovada e quem trafega pela rodovia conta com uma infraestrutura composta por equipes de socorro médico e mecânico 24 horas, monitoramento, conservação, atendimento telefônico gratuito (Disque CCR NovaDutra), 804 telefones de emergência ao longo da rodovia, serviço de transmissão em FM que divulga informações das condições de tráfego aos usuários (CCRFM 107.5), entre outros serviços. Tudo isso proporciona uma viagem mais segura e confortável.

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